quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Nanã

Sincretizada a Santana, a avó de Jesus Cristo é um dos Orixás menos conhecidos e evocados na Umbanda. Nossos irmãos africanos explicam que Nanã é um Orixá feminino já avó. Conhecida como a mais velha das deusas do mar, Nanã chefia a falange das ondinas da linha de Iemanjá. Seus domínios são os rios e ribeirões e o ponto de contato entre as águas do mar e a terra, local que chamamos de mangue.

Nanã é a protetora nas situações tormentosas e nas perseguições kármicas e tem grande atuação sobre as mulheres já avós, embora isso não seja uma regra.
A cor de Nanã é o roxo. Nas obrigações são usadas velas roxas ou brancas, flores brancas ou roxas e a sua bebida também é água pura. Conhecida no meio umbandista como a senhora da lei e da firmeza, a ela recorrem todos os que estão em dúvidas nas situações tormentosas da vida.
Devido ao sincretismo com Santana, que por sua vez é a padroeira dos boiadeiros, nota-se a devoção dos boiadeiros por Nanã Boruquê em seus pontos cantados e na cor das velas, desta forma Nanã e Santana passaram a ser reverenciadas pelos boiadeiros conjuntamente.

É considerada um dos Orixás mais exigentes na escolha de seus filhos. Embora transmita o exemplo da mãe, procura associar-se mais com a posição reservada aos velhos em qualquer sociedade, por esse motivo na Umbanda são raras as filhas de Nanã. Na Umbanda, Nanã Boruquê não afirma na cabeça de adeptos masculinos, pelo menos nunca conheci nenhum filho masculino de Nanã.
A capacidade que Nanã tem de amparar as pessoas nas situações de grande tormento, faz dela um Orixá de grande força, sendo respeitadíssima na Umbanda.

“Se um dia a dúvida pairar em sua cabeça, peça ajuda a Nanã, com certeza Ela o ajudará”.

  • Cor .................. Roxo
  • Domínios .......... Ribeirões e mangues
  • Atuação ........... Contra perseguições espirituais
  • Saudação ......... Saluba Nanã
  • Elemento ......... Água

Oxossi

Na Umbanda, Oxossi é conhecido como o senhor das matas e da grande maioria dos caboclos. Sua cor é o verde, representando as matas das quais é o senhor absoluto. No Candomblé é conhecido como o “caçador” ou o protetor dos caçadores. Na Umbanda também é conhecido como o caçador, mas não de animais e sim, de almas e de homens, sendo a catequese seu maior objetivo. No aspecto espiritual, se Ogum é conhecido por sua enorme força, ele, porém, é muito agressivo. Oxossi já é conhecido por aliar a força com o bom senso, essas características emanam de Oxossi que se manifesta nos trabalhos de Umbanda, principalmente na manifestação dos caboclos e suas falanges. De Oxossi emana a altivez que encoraja a todos os seguidores da Umbanda, transmitindo grande segurança aos seguidores de nossos cultos.
As matas são para o umbandista os domínios de Oxossi. A função vibratória das matas é afirmar ou dar resistência a trabalhos ou consolidar trabalhos e obrigações.
Os enviados de Oxossi ao nosso plano físico, são normalmente os caboclos, os índios de diversas nações de nossas matas e guerreiros africanos. Esses enviados são os grandes conhecedores dos grandes segredos (raramente revelados) que fazem curas, afastam influências negativas e protegem os seguidores da Umbanda.
A altivez do caboclo, a sua autoridade, a seriedade, a força, a coragem, a perseverança, o sentido de lutar para vencer, provém diretamente de Oxossi, pois essas são algumas de suas características.
Oxossi como Ogum, é um grande guerreiro, é um grande lutador, destemido, corajoso e sempre pronto para defender os seguidores da Umbanda ou aqueles que sob a sua guarda se colocam.
Nos trabalhos dirigidos unicamente por caboclos, nota-se a força e a altivez que emana de Oxossi. Quem o evoca e sob a sua proteção se coloca, jamais cai, fazendo valer o ditado umbandista:
“Filho de Umbanda (correto) não cai”
Nas obrigações a Oxossi, que devem forçosamente serem realizadas nas matas, podem ser utilizadas flores brancas, como cravos e lírios, velas verdes ou brancas, vinho tinto, água pura e frutas de toda espécie, porém repetimos: Orixás não comem e não bebem, mas se o seu coração pedir, faça, mas não deixe lá a garrafa, proteja a natureza, se acender velas proteja o local para não colocar fogo nas matas.
  • Cor ........................ Verde
  • Domínios ................ As matas
  • Atuação ................. A catequese
  • Saudação ............... Oxossi é meu pai ou Okê arô Oxossi
  • Elemento ............... Terra

Ogum

Na Umbanda Ogum é sincretizado como São Jorge. Ele é o Orixá protetor contra as guerras e contra as demandas espirituais. Ogum é o protetor dos militares e de todos os seguidores da Umbanda e também daqueles que sofrem perseguições materiais ou espirituais.
Sua cor é o vermelho encarnado, seu fetiche é a espada. Ele é o guerreiro que trava batalhas espirituais contra as forças do mal e é respeitadíssimo dentro de nossos cultos, como também pelos seguidores do mal. É comum os exús o chamarem Ogum de “meu Senhor das armas”, esse procedimento já demonstra o respeito que obtém até daqueles que combate. Sob a sua responsabilidade está a manutenção da lei e da ordem.
Conhecido como o general de Oxalá, Ogum protege a todos que a Ele recorrem. Seus domínios são todos os caminhos e todos os lugares. Em qualquer lugar que exista a menor possibilidade da prática do mal Ogum é atuante, sejam nas encruzilhadas, nas matas, nos cemitérios, nas praias, na subcrosta, etc.
A lei de Ogum é a lei da espada, sua linha é a mais atuante contra as forças da Quimbanda, da magia negativa e suas funestas conseqüências.
Nas obrigações a Ogum são usados cravos vermelhos ou brancos, velas vermelhas ou brancas, cerveja branca, água, pedidos e orações.

Desconhecemos o motivo pelo qual a cerveja branca é consagrada a Ogum, já que essa bebida não existia na África, mas nas manifestações da linha de Ogum no terreiro, a cerveja branca é solicitada pelas entidades de sua linha, desta forma pode-se dizer que essa é a sua bebida, juntamente com a água. O uso de água em nossos rituais é grande, espíritos trevosos ou malignos não bebem água, desta forma se algum dia você desconfiar de mistificação em relação a qualquer entidade, solicite a ela que beba água, se a entidade recusar a água, sua máscara cairá. O uso de água contra demandas espirituais é comum, por ser a bebida de Oxalá.

Recorra a Ogum sempre que se sentir ameaçado espiritual ou materialmente. Peça ajuda a Ele, para você ou para qualquer pessoa que você notar estar embaraçada.
“Ogum jamais desampara aqueles que a Ele pedem ajuda”
  • Cor.........................Vermelho
  • Domínios..................Todos os caminhos e lugares
  • Atuação...................Contra demandas e feitiços
  • Saudação................. Patacoriê Ogum, Ogunhê
  • Elementos................Terra e fogo

Xangô

Xangô é o responsável pela solução das pendências e das injustiças, dando a quem merece o devido castigo e, a vitória ao injustiçado.
Xangô simboliza a lei de causa e efeito, seu fetiche é a machada de dois gumes ou a balança de dois pratos, simbolizando a justiça e a imparcialidade.
Recorrem a Xangô todos os injustiçados, perseguidos espiritual e materialmente.
Os domínios de Xangô são as pedreiras e as cachoeiras, de Xangô emanam forças poderosíssimas, é a Ele que recorremos quando necessitamos de ajuda nos processos que demandem muita energia, nas demandas espirituais, nos processos judiciais, enfim, todos os assuntos ligados à lei e a justiça.
Nossos irmãos africanos nos ensinaram que Xangô é o Orixá atuante simbolicamente sobre as tempestades e tudo que dela provenha como raios, chuva com trovoadas, etc.
Xangô como todos os Orixás jamais desampara aqueles que a Ele recorrem.
De Xangô emanam a autoridade, a justiça e o saber. Ele jamais erra e não permite o erro de seus filhos. É o protetor dos bons juizes, dos bons advogados e de todos aqueles que tenham contato com as práticas das leis.
Nas demandas espirituais após Ogum ou os outros Orixás envolvidos nessas demandas terem feito o seu trabalho, Xangô virá obrigatoriamente cumprir a lei de Deus de causa e efeito.
A vibração de Xangô, nas evocações que ocorrem nos templos de Umbanda, é fortíssima. Quando incorporado em nossos médiuns transmite sempre a imagem de alguém forte como a rocha, todos pressentem sua tremenda força.

Em muitos pontos cantados de Xangô, ouve-se a frase; “

Não brinque com Xangô, porque Xangô não brinca não”.

Essa frase transmite claramente sua autoridade e intolerância com os erros dos homens.
Xangô está sempre associado à força, Ele é autoritário, capaz de despertar o respeito por suas determinações e leis, com poder para decidir sobre o bem e o mal.
As suas determinações serão sempre obedecidas por todos, gostem ou não. Por estar associado à firmeza da rocha e à estabilidade que as pedreiras transmitem, que são os seus domínios, delas emana a sua força.
Em suas obrigações podem ser usadas flores brancas, velas de cor marrom ou brancas, cerveja preta e água da cachoeira. Nesse sentido, é comum ver as obrigações que lhe são feitas nas pedreiras e cachoeiras, sendo que em muitos casos depositam lá uma verdadeira parafernália de objetos e comidas como o quiabo com feijão fradinho e outras coisas mais, como o vinho e licores diversos.
Não há necessidade de pedir a Xangô a justiça, Ele a fará sempre mesmo que você não peça ajuda a Ele. Na realidade evite pedir justiça, se você pedir a justiça, tenha certeza que Ele atenderá o seu pedido, mas como qualquer ser humano você tem em seu passado alguma coisa da qual se envergonha e Xangô também vai ver os seus erros e lhe dará também, ao mesmo tempo, o seu pagamento por suas obras.
Você se sente injustiçado? Então aguarde, Xangô fará a justiça por você, sem que exista a necessidade de pedir coisa alguma a Ele; mas se pedir, prepare-se, você também receberá o seu pagamento.
Se o assunto é ligado a lei e aos seus processos e você possui a verdade ao seu lado, pode recorrer a Ele com toda a garantia de vitória, mas só proceda desta forma se tiver à verdade ao seu lado, porque se você é o errado na questão, tenha certeza que Ele vai puni-lo.
A justiça de Xangô é baseada em leis Divinas, leis que tem origem Divina e não podem ser manipulado pelos homens, seja sábio.
  • Cor ....................... Marrom
  • Domínios ................ Pedreiras e cachoeiras
  • Atuação ................. A justiça
  • Saudação ............... Kaô cabecile
  • Elemento ............... Terra

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Oxum

Oxum é Orixá que domina as mulheres de modo geral. É conhecida como Orixá da fertilidade, do amor e também a protetora das gestantes como Iemanjá.
Oxum tem grande atuação sobre as mulheres solteiras. Embora isso não seja uma regra, é ela quem protege a juventude. Oxum domina as cachoeiras e chefia uma das falanges da linha de Iemanjá, conhecida como a falange das sereias. Oxum consolida nos filhos da Umbanda a força da mediunidade, fortificando-a nos banhos de cachoeira.
Oxum representa a beleza e a pureza. Ela é evocada nos templos de Umbanda para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente dos nossos templos. Por representar a moral e o modelo de mãe, ela é respeitadíssima nos templos de Umbanda.
Oxum representa a fertilidade, é a ela quem recorrem as mulheres que desejam engravidar, sendo também como Iemanjá responsável pela gestação e pelos recém nascidos. A Oxum recorrem todos que se sentem angustiados, desprezados e estéreis.
A atuação de Oxum nos trabalhos de Umbanda indica alguém extremamente caridoso, capaz de sacrifícios no lugar do próximo. Nos processos de descarga das pessoas que procuram nossos templos em busca de ajuda, é Oxum quem normalmente é evocada para efetuar inicialmente a limpeza fluídica. Oxum ajudará qualquer pessoa, independente dos sentimentos que alimenta, ela descarregará as pessoas através das sereias, seres elementais das águas manipulados pelo plano espiritual enviadas ao nosso plano físico.
Nas obrigações a Oxum são usadas rosas brancas sem os espinhos, velas de cor azul escuro e água pura. Deturpadores e chefes de terreiro mal preparados costumam levar suas correntes até as cachoeiras e lá depositam enorme quantidade de lixo e matanças, que em nada ajudarão essas pessoas que estão maculando um santuário consagrado a Oxum e a Xangô. Alguns levam bebidas como o champanhe, licor de cereja e outras bebidas, deixando lá as garrafas e as velas derretendo nas pedras, deixando imundo o local.
Oxum é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos. Tenha fé em Oxum, aumente sua devoção por ela, faça como os caboclos, os pretos velhos, crianças e protetores da Umbanda: respeite-a sempre.
Devido a sua característica de aliviar o sofrimento das pessoas que comparecem aos terreiros, conquistou o respeito e a confiança de todos os seguidores da Umbanda, sendo conhecida como uma das rainhas da Umbanda Sagrada.
Oxum é respeitadíssima nos templos de Umbanda.
  • Cor ..................... Azul
  • Domínios .............. As cachoeiras
  • Atuação ............... Fertilidade e maternidade
  • Saudação ............. Ai, iê, iê, Mamãe Oxum
  • Elemento ............. Água

Oxalá

Orixá maior da Umbanda, Ele é a própria Umbanda em sua magnitude, sua cor é o branco, representando a paz, o amor, a bondade, a limpeza, a pureza espiritual, enfim, tudo aquilo que possa indicar positividade. Os domínios de Oxalá são todas as pessoas e todos os lugares. Seu reino é o nosso mundo.
Jesus Cristo é o chefe supremo da Umbanda, sincretizado a Oxalá, para Ele convergem todas as outras linhas da Umbanda e de seus trabalhadores. Todos os espíritos que trabalham na Umbanda tem por Jesus Cristo enorme devoção e aos ensinamentos de seu Evangelho seguem fervorosamente, transmitindo-os sempre a todos que a seus ensinamentos não conhecem.
O sincretismo Oxalá – Jesus Cristo é perfeito, pode-se dizer que ambos são o mesmo ser com nomes diferentes. Dentro de uma análise lógica, não podemos dizer que ambos são o mesmo ser, já que dentro dessa lógica, um Orixá é um ser espiritual que nunca encarnou na Terra e Jesus esteve entre nós a dois mil anos. Isso, no entanto, isso não nos importa, importa apenas, que o sincretismo perfeito de ambos, impera dentro de nossos templos.
Não importa como os chamamos, se de Jesus Cristo ou de Oxalá. De Oxalá conhecemos muito pouco; de Jesus, no entanto, conhecemos a sua vida e a sua obra. A Ele devemos obediência e obrigação de aprender com os ensinamentos de seu Evangelho e acima de tudo, de praticarmos esses ensinamentos. Jesus ama a todos nós, bons ou maus, justos ou injustos, ricos ou pobres, brancos ou negros, homens ou mulheres.
Todos os Orixás da Umbanda seguem a Oxalá, pregam a sua doutrina e seus ensinamentos. Todos os espíritos seguidores de Jesus Cristo, trabalhadores ou não na Umbanda, lutam contra as forças do mal, anulando trabalhos de magia negativa ou outros tipos de maldade, gerados ou não por feitiços. Esses seguidores intrometem-se nos lugares aonde o mal é praticado e anulam ou minoram os efeitos desses trabalhos do mal e prosseguem na incansável luta contra essas forças, pregando sempre a fé em Deus, a caridade, o amor ao próximo e a fraternidade.
Na divisão da linha de Oxalá, os Santos Católicos chefiam diversas falanges, tornando ainda mais forte o sincretismo religiosos existente na Umbanda, por esse motivo à linha de Oxalá também é conhecida como linha de santo.
A forma de cultuar Oxalá na Umbanda, hoje é totalmente deturpada pela grande maioria dos terreiros. Esse fato deve-se a busca de conhecimentos de alguns chefes de terreiro do passado, que foram buscar no Candomblé os conhecimentos necessários para conduta de um terreiro, implantando na Umbanda, rituais e dogmas que nada tem em comum com as nossas práticas.
Aprendemos que a forma de agradar Oxalá são as orações e a boa conduta dos homens. A irradiação de Oxalá ultrapassa qualquer culto a qualquer Orixá, desta forma é desnecessário fazer obrigações com objetos de qualquer tipo, mas como em qualquer terreiro, no nosso também, as obrigações e as formas de cultuar são ensinadas desse modo aos nossos seguidores:
Velas brancas (se você souber o que está fazendo com elas), cravos brancos, água pura (embora Orixás não bebam) e mel (embora não comam).
O local para fazer sua obrigação pode ser qualquer lugar, como já citei o reino de Oxalá é o mundo, desta forma, você pode cultuá-lo em qualquer lugar desde que esse lugar esteja limpo. Só para lembrete cemitérios e encruzilhadas não são lugares limpos.
Você pode fazer sua obrigação em sua casa, no terreiro, nas praias, nos bosques, nas matas, nas igrejas (se o padre deixar ou não ver), nos jardins, etc. Não importará o local, importará apenas a sua fé e a sua devoção no que está fazendo.
  • Cor................Branco
  • Domínios........O mundo
  • Atuação.........Sobre tudo e todos
  • Saudação.......Zambi é meu pai, ou Epa Babá Oxalá
  • Elemento.......Terra, Água, Ar e Fogo

domingo, 13 de novembro de 2011

Guias, Consultas, Descarregos e entre outros...

Boa tarde,

O Terreiro de Umbanda Reino de Oxalá informa a todos interessados em Guias, Consultas, Descarregos e entre outros, que entre em contato pelo e-mail reinodeoxala@hotmail.com ou pelo telefone (48) 8422-8317 e tratar com Leonardo para que seja agendado com a Mãe Cida D'Oxalá, a Yaloxirá e dona do Terreiro.

Axé a todos e que Pai Oxalá Ilumine vocês.

Personalidade dos Filhos de Santo

Orixá
Personalidade
Ogum
Ambíguos. Maliciosos. Perigosos. Briguentos. Não guardam rancor. Gulosos. Imaturos. Sexualmente muito ativos. Mundanos. Intrigantes. Debochados. Mulherengos. Engraçados.
Oxóssi
Provedores. Desconfiados. Solitários. Curiosos. Vaidosos. Instáveis quanto às opiniões. Espontâneos. Astutos. Amáveis. Alegres. Calmos. Amantes da natureza. Concentrados. Sutis. Caçadores em todos os sentidos. Libertários.
Obaluaê
Depressivos. Sinceros. Rabugentos. Honestos. Calados. Frágeis fisicamente. Vingativos. Amargos. Pessimistas. Desajeitados. Auto-destrutivo. Melancólicos. Verdadeiros. Fortes na adversidade. Equilibrados.
Xangô
Justos. Ponderados. Enérgicos. Amistosos. Falastrões. Vaidosos. Invejosos. Teimosos. Ambiciosos. Fortes, fisica e moralmente. Estourados. Gananciosos. Afeitos à engenharia e ao direito. Sedutores. Coerentes consigo mesmos. Grandes escritores. Infiéis. Ciumentos. Valentes. Cruéis. "Bon vivants". Gulosos. Inteligentes.
Oxum
Amorosos. Meigos. Detalhistas. Estáveis. Emotivos. Vaidosos. Intelectuais. Sedutores. Ardentes no amor. Pirracentos. Manipuladores. Voluptuosos. Fofoqueiros. Falsos. Grandes feiticeiros.
Iansã
Sensuais. Nervosos. Bonitos. Apaixonados. Explosivos. Metódicos. Teimosos. Malcriados. Excelentes amigos. Espalhafatosos. Faladores. Ciumentos. Irriquietos. Insensíveis à opinião pública. Volúveis no amor. Solidários. Fortes. Carismáticos.
Iemanjá
Maternais. Calculistas. Bringuentos. Conselheiros. Chorões. Atormentados. Ariscos. Afeitos à psicologia. Protetores. Altivos. Rancorosos. Fascinamtes. Independentes. Fechados. Criativos.
Nanã
Calmos. Benevolentes. Sábios. Dóceis com crianças. Austeros. Sem vaidade. Ranzinzas. Vingativos. Insensatos. Pirracentos. Praguejadores. Resmungões. Taciturnos. Assexuados.
Oxalá
Lunáticos. Guerreiros. Justiceiros. Briguentos. Agitados. Mentirosos. Organizados. Não sabem perder. Não sabem receber críticas. Fechados. Frios. Quando apaixonados amam profundamente. Inteligentes. Arrogantes. Amigos. Sensíveis. Intuitivos. Brilhantes. Calmos. Autoritários. Indulgentes. Simples. Sovinas. Chatos. Ranzinzas. Respeitáveis. Resignados

domingo, 6 de novembro de 2011

Homenagem de Exú e Pombogira 10/12/2011

Dia 10/12/2011 às 20h, ocorrerá uma Homenagem de Exú e Pombogira no Terreiro de Umbanda Reino de Oxalá. Todos estão convidados convidados, porém todos os interessados a participar da corrente mediúnica deverão entrar em contanto antecipadamente com a Mãe Cida D'Oxalá, que é a Yalorixá da casa.

O contato poderá ser feito atravás do nosso perfil no facebook, do nosso e-mail ( reinodeoxala@hotmail.com ) ou pelo telefone (48) 8422-8317 e tratar com Leonardo.


Axé a todos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Documentário de 100 anos de Chico Xavier

Assistam ao documentário exibido pela Rede Globo, sobre os 100 anos que completaria Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier) no dia 02/04/2010 e que foi ao ar no dia 23/03/2011 no programa Globo Repórter.

Parte 01


Parte 02


Parte 03


Parte 04

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Entrega de comida e batismo

Fotos da entrega de comida feita a todos orixás e batismo do novos médiuns da casa Leonardo e Luana realizados no dia 10/12/2010.

  

  

  


 

  

  
       

Gostaríamos de agradecer a todos que ajudaram para que essa gira tivesse muita energia boa.

Axé a todos!

sábado, 27 de novembro de 2010

Hino de Almas e Angola

Almas e Angola querida
Vieste da luz refletida
Trazendo energia e amor.
Cabem a nós seguidores
Levarmos velas e flores
Em procissão ao Senhor.

Na veste de São Miguel Arcanjo
O padroeiro e o Anjo
Que a todos nós consagrou.

És a imensa magia,
És a luz que contagia (Bis)
Essa terra de esplendor.

Nos quatro cantos sagrados
As cruzes são o chamado
Da força do teu tambor.
Tens o destino traçado
O caminho já marcado
Por Orixás em louvor.

A estrela Dalva irradia
É a força que nos guia
Aos ancestrais de Banto.

Somos fieis escudeiros
Filhos de fé no Terreiro (Bis)
Propagando a luz do Amor.


Ouça o Hino:

Hino da Umbanda

Refletiu a luz divina 
com todo seu esplendor 
é do reino de Oxalá 
Onde há paz e amor 

Luz que refletiu na terra 
Luz que refletiu no mar 
Luz que veio, de Aruanda 
Para todos iluminar 

A Umbanda é paz e amor 
É um mundo cheio de luz 
É a força que nos dá vida 
e a grandeza nos conduz. 

Avante filhos de fé, 
Como a nossa lei não há, 
Levando ao mundo inteiro 
A Bandeira de Oxalá ! 
Levando ao mundo inteiro 
A Bandeira de Oxalá !


Ouça o hino:


Ritual de Almas & Angolas


O ritual Almas e Angola se constitui no mais completo ritual umbandista da atualidade com fortes raízes africanas da região de Angola e severos preceitos influenciados pela doutrina iorubana (Kêto e Nagô), também originária da África.
Na verdade, o objetivo final de toda e qualquer religião é o desenvolvimento das faculdades mediúnicas inerentes a todo ser humano e o Almas e Angola segue este rumo. O homem, desde seu surgimento na terra, necessita de uma auto afirmação para se entender e entender a vida como um todo. Encontrar explicações para a sua existência e seu dia a dia até o seu desencarne. Os mistérios são muitos e as religiões tentam explicar um a um, cada uma a seu modo com seus dogmas e preceitos.
O ritual Almas e Angola busca estas afirmações nas lendas dos orixás africanos mesclada com a historia dos santos católicos.
Através desta mitologia o médium, agora chamado de filho de santo, procura se conhecer e chegar as suas conclusões a respeito de tudo o que o envolve e o influencia e também como ele pode influenciar no seu destino.
A metodologia ritualística do Almas e Angola se resume em fazer renascer, firmar, desenvolver e aperfeiçoar o orixá que está dentro de nós (o nosso Anjo da Guarda). Isso se faz no decorrer do desenvolvimento das faculdades mediúnicas onde o filho de santo galga os sete passos em direção ao assentamento de seu orixá em seu ori (palavra nagô que significa cabeça, chacra coronário ou coroa).
:: Os sete graus de iniciação ritualísticas ::
Batismo ou confirmação de Batismo;
Bori (dar de comida à cabeça);
Pai ou Mãe Pequena;
Babalaorixá ou Ialorixá;
Reforço de 7 anos;
Reforço de 14 anos;
Reforço de 21 anos;
O RITUAL
O ritual Almas e Angola se constitui numa seita onde se cultua os Orixás (forças da natureza que influenciam o homem e seu ambiente). A forma do culto aos Orixás está ligada à mitologia africana, mais precisamente da região de Angola, embora a nomenclatura usada nesse ritual tem muita influência da região de Iorubá (Kêto e Nagô). A própria palavra Orixá é um exemplo disso.
Segundo a mitologia, Orixá é uma força energética da natureza que influencia e comanda os caminhos do homem e do seu meio ambiente. Cada indivíduo tem o seu Orixá que o protege, orienta e, às vezes castiga, porém, este na verdade, só se manifesta na prática de incorporação (toma o filho) em situações muito especiais como durante a camarinha (feitura do santo).
O Almas e Angola nesse aspecto se assemelha ao Candomblé, quando o filho de santo é recolhido no terreiro e fica determinado tempo para as práticas de feitura de seu Orixá que é culminada com a apresentação desse Orixá ao meio umbandista na Saída de Camarinha, uma festa tradicional e muito conceituada entre os praticantes dessa religião.
Almas são espíritos desencarnados, geralmente nossos ancestrais familiares ou não, que incorporam no filho de santo para as práticas características da Umbanda, isto é, os passes, consultas, rezas, mirongas, trabalhos, descarregos, etc. Sua apresentação são de pretos-velhos (antigos escravos) que simbolizam a humildade perante o sofrimento, os caboclos (índios nativos do Brasil) que representam a luta contra os obsessores e a cura pelas plantas e os exus (espíritos de qualquer natureza) que se caracterizam pela irrascividade, alegria, descontração mas que detém o poder da magia.
Assim uma definição do ritual Almas e Angola seria pelo menos desastrosa, pois muitos são os ramos que contribuíram para a sua formação e vários são os mistérios que envolvem essa prática. Só mesmo os praticantes tem condições de avaliar a profundeza de conceituação e o fundamento do ritual Almas e Angola.
TERREIROS DE ALMAS E ANGOLA
Qualquer terreiro de Umbanda que cultua o ritual Almas e Angola deverá ter certas particularidades físicas e ritualísticas. Logicamente a estrutura ritualística desses terreiros não pode ser revelada ao grande público por se tratar de um dogma religioso de grande fundamento e é proibido revela-los a leigos.
Entretanto para se identificar um terreiro de Almas e Angola basta observar sua estrutura física, seu ambiente, que basicamente assim se constitui:
À entrada existe um local de proteção espiritual chamado tranqueira onde se encontra firmado o povo de esquerda para dar segurança espiritual aos trabalhos. Também à entrada existem dois recintos, separados do corpo da construção, chamados o primeiro de Cangira ou Casa de Exú onde estão os fundamentos dessas entidades, a segunda chamada de Casa das Almas, local destinado aos Pretos Velhos e os fundamentos das almas.
O terreiro, propriamente dito é um salão de tamanho variável com separações bem definidas e entendidas por todos os conhecedores do ritual. Nele há o Congá ou Gungá com os santos católicos sincretizando os orixás africanos, de cada lado existem duas peças de tamanho suficiente para uma pessoa deitar, chamadas Camarinha, onde os filhos são recolhidos para o ritual de feitura de santo, o salão de gira onde ocorre a manifestação dos orixás, o local para os Ogãs e o local para os assistentes. Anexo há a Cozinha de Santo e a Sala dos Cambones e Sambas. Também há vestiários e sanitários. Em alguns terreiros há o Quarto de Santo onde são guardados os preceitos e fundamentos do ritual.
No congá ou altar a posição dos orixás varia muito pouco de um terreiro para o outro, porém três orixás têm seu lugar definido em todos eles. Oxalá ocupa o lugar de destaque, no alto e no centro do congá. Embaixo e à direita é o local de Bejada e à esquerda fica Obaluaê. Um quarto orixá, Nanã, quando esta não é orixá dona da casa, deve ser posicionado aos pés de Oxalá. Os orixás donos da casa de santo ficam à direita e à esquerda, um pouco abaixo de Oxalá. À direita deve ficar o orixá dono do ori do zelador da casa (Pai ou Mãe de Santo). Os outros orixás são posicionados entre os orixás acima conforme a hierarquia do dono do terreiro.
No salão de gira existem sinais cabalísticos do Almas e Angola representado por uma estrela de cinco pontas circulada por dois círculos de forças, um voltilhando as pontas trazendo as forças astrais de Oxalá para o mundo que é simbolizado por um circulo menor centralizado na estrela. Ao meio uma cruz simbolizando a fé de todos os filhos em Oxalá. A estrela de cinco pontas também simboliza o homem de braços e pernas abertos, prostrado com a cabeça no chão, aos pés de Oxalá, implorando misericórdia. As cores variam conforme o orixá mandante na casa.
Nos quatro cantos existem cruzes brancas simbolizando os quatro cantos do mundo ou do universo representando os orixás guardiões da casa de santo.
SESSÕES
No ritual Almas e Angola existem pelo menos quatro tipos de sessões (reuniões espirituais) também chamadas de gira. São elas: sessão de caridade com passes, rezas e consultas, sessão de desenvolvimento onde a assistência não é permitida, sessão ritualística ou de feitura de santo (camarinha) e sessão festiva devotada a um determinado Orixá.
Em todas elas existem características comuns que são a abertura e o desenvolvimento propriamente dito.
Na abertura, após a corrente mediúnica realizar o cruzamento do terreiro saudando os Orixás da casa há o ritual de bater cabeça para o Pai de Santo e saudar a hierarquia da casa, ou seja, os filhos de santo coroados, cambones e ogâs.
Após realiza-se a defumação do ambiente, dos médiuns e da assistência, ao som dos atabaques e de pontos cantados acompanhados de palmas rítmicas.
Terminada a defumação canta-se saudando as Almas com três pontos e mais três para saudar Exu. Em seguida, todos de joelhos e a assistência de pé, dá-se a abertura propriamente dita com palavras ditas pelo Pai de Santo, rezando o Pai Nosso e a Ave Maria (catolicismo!!!). Uma prática em todos os terreiros de Almas e Angola, nesse momento, é a saudação a São Miguel Arcanjo, santo católico sincretizado ora como Xangô Aganjú, ora como Obaluaê e alguns até como Ogum. A razão dessa saudação é que ao Arcanjo Miguel (santo católico) se atribui a responsabilidade de receber as almas desencarnadas (nossos ancestrais). É portanto, o Senhor das Almas.
Saúda-se, então os Anjos de Guarda, quando se pede firmeza para nossos Orixás e fluídos positivos para uma boa gira, cantando um ponto de louvação a todos os Anjos de Guarda.
Logo em seguida saúda-se com três pontos cantados a coroa de Babá (Babalaorixá, Ialorixá dona do terreiro e os filhos de santo coroados).
Em sessões festivas canta-se nessa hora o Hino da Umbanda. Daí para frente ocorre uma modificação da ritualística conforme o dia da semana. No Almas e Angola geralmente se pratica três sessões por semana (Umbanda!!!). Na segunda-feira ocorre a gira de preto-velho, na quarta-feira realiza-se sessão de desenvolvimento e na sexta-feira faz-se ou gira de caboclo, gira de exu ou de bejada. As sessões festivas são geralmente realizadas aos sábados, assim como as Saídas de Camarinha. Hoje já há terreiros que reduziram as giras para uma vez na semana alterando as práticas realizadas.
No CEUSCD as giras são realizadas todas as sextas-feiras alternando entre caboclo, exú e bejada. As giras de preto-velho são realizadas às segundas-feiras, quinzenalmente, alternadas com sessões de desenvolvimento.
Nas giras de preto-velho, independente do dia da semana são sempre cultuados os Orixás Obaluaê, Nanã e Xangô, quando ocorre a sua manifestação na cabeça dos seus filhos. Nas giras de caboclo, bejada e exú os Orixás chamados são Ogum, Oxum, Iemanjá e Iansã. A ordem de chegada de cada um depende dos Orixás responsáveis pelo terreiro. A gira de exu por ser geralmente longa, se admite somente saudar os Orixás da casa, necessitando porém a realização de obrigações para se obter uma perfeita harmonia do ambiente e conseqüente sucesso da gira.
Após a saudação e chegada dos Orixás, cuja missão é fluidificar positivamente o ambiente e os filhos de santo, dá-se um intervalo para descanso dos médiuns e para a troca de vestimenta característica da entidade que vai trabalhar. Então são chamados os pretos-velhos, caboclos, exus ou bejadas conforme o caso.
Os trabalhos são encerrados pelo Pai de Santo agradecendo as boas vibrações dos Orixás e a presença de todas as entidades. Os filhos de santo fazem novamente o cruzamento do terreiro e batem cabeça para o Pai de Santo como no início dos trabalhos.
CAMARINHA
Tradicionalmente no ritual Almas e Angola o termo camarinha se refere a dois recintos situados em ambos os lados do congá com medidas variáveis, via de regra com um metro de largura por dois metros de comprimento cada, destinado ao recolhimento do filho de santo quando de suas obrigações de feitura de santo.
O termo também é usado, por extensão, a todo o processo de feitura de santo que inicia-se num domingo de lua nova, quando o Pai de Santo leva seu iniciado à cachoeira para os trabalhos ritualísticos que antecedem as obrigações. De volta ao terreiro o iniciado é recolhido à camarinha passando por atividades ritualísticas, obrigações e preceitos realizados dia a dia numa ordem cronológica, rígida e fundamentada nos ensinamentos ditados pelos baluartes desse maravilhoso ritual, culminando com a chamada Saída de Camarinha, realizada sempre no sábado seguinte. É uma sessão festiva na qual o recém coroado é apresentado, com grande orgulho pelo Pai de Santo, à comunidade de Almas e Angola. Nesse dia vários terreiros são convidados para prestigiar o recém coroado e receber axé do Orixá dono da festa. A camarinha encerra-se uma semana após com os despachos das obrigações realizadas durante a semana.
A camarinha, como ritual, é o ponto máximo do Almas e Angola, pois é nessa época que o terreiro se reveste de grande axé, energia espiritual, pois é sinal de que um filho de santo estará alcançando mais um grau evolutivo dentro do ritual e será coroado ou como Pai (Mãe) Pequenos ou Ialorixá ou Babalaorixá. Os filhos de santo da casa fazem reuniões com o Pai de Santo preparando-se espiritual e materialmente para a semana. Há médiuns que, como o Pai de Santo permanecem dentro do terreiro vinte e quatro horas com o iniciado, participando ativamente desse sacrifício aos orixás. Forma-se um grande família, cada um com seus afazeres materiais ou espirituais.
A camarinha só pode ser assistida pelos filhos de santo, médiuns de outros terreiros de Almas e Angola e parentes próximos ao iniciado. Os rituais de preceitos e coroações só podem ser assistidos por médiuns designados pelo Pai de Santo. A assistência de leigos só é permitida na Saída de Camarinha.
Logicamente não somos permitidos, por força dos dogmas do ritual, pormenorizar uma camarinha, mas em termos gerais ela se procede da seguinte maneira:
Domingo – o iniciado é levado à cachoeira:
Segunda-feira – obrigações para o povo de exú e almas e recolhimento à camarinha do iniciado a coroa maior (Babalaorixá ou Ialorixá);
Terça-feira – realização dos preceitos do iniciado à coroa maior e recolhimento à camarinha ao iniciado a Pai (Mãe) Pequenos:
Quarta-feira – obrigação aos orixás, coroação dos iniciados recolhidos e recolhimento do iniciados a Oborí. Estes últimos são recolhidos no recinto do terreiro e não no recinto denominado camarinha;
Quinta-feira – realização dos preceitos dos iniciados a Oborí;
Sexta-feira – obrigação das comidas de santo e obori (dar de comida à cabeça) de todos os filhos recolhidos. Caso haja neófitos na corrente é nesse dia que são batizados;
Sábado – Saída de camarinha;
Domingo – Despacho das obrigações.
QUARESMA E AMACY
A quaresma é um período em que os católicos se submetem a um recolhimento espiritual simbolizado por diversas proibições e sacrifícios para lembrar as tentações vividas por Jesus Cristo que culminaram com sua crucificação na Sexta-feira santa. Inicia no carnaval e termina no Sábado de Aleluia.
Também no Almas e Angola considera-se esta uma época sagrada. Nesse período orixás não dão incorporação nos médiuns. Somente os pretos-velhos e exús podem dar incorporação. Em alguns terreiros admite-se a incorporação de boiadeiros.
Como os orixás não incorporam o momento é de vigília constante, introspecção e uma ótima oportunidade para o médium refletir sobre tudo em sua vida material e espiritual. Os pretos-velhos nos ensinam o poder da humildade e os exús o poder da magia e a lei da ação e reação ou do choque de retorno.
Na Quinta-feira Santa realiza-se outro importante ritual dentro do Almas e Angola. Nesse dia os filhos de santo vão à cachoeira, antes do sol nascer, para colher ervas e água da fonte para preparação do amacy.
Também é o dia da lavagem dos santos, quando os santos católicos que representam os orixás são limpos e lavados com amacy. Após é a vez dos filhos de santo lavar sua cabeça, que é feita pelo Pai de Santo com o mesmo produto. As guias também são passadas no amacy neste dia.
A Sexta-feira Santa é dia de recolhimento total do médium. Neste dia, como em todas as sextas-feiras os filhos de santo iniciados não devem comer carne de animais de sangue quente.
No Sábado de Aleluia acontece a Festa dos Orixás, pois é nesse dia que eles retornam dando incorporação nos seus filhos.
O amacy é um conjunto de ervas ritualísticas e de fundamento religioso com as bebidas devotadas aos orixás mais água da cachoeira e pemba ralada. Cada orixá tem suas ervas sagradas.
O amacy possui grande importância na Umbanda, pois é usado para fortalecer a aura espiritual do médium, repondo as energias perdidas durante o ano de caridade e trabalhos ritualísticos.
É realizado, dentro do ritual Almas e Angola, sempre às Quintas-feiras Santa de cada ano, quando as ervas são colhidas antes do sol nascer e maceradas dentro do terreiro utilizando-se somente as mãos. Na segunda-feira seguinte o amacy é coado e envazado em garrafões de vidro. O restante das ervas, no CEUSCD, é utilizado para preparar um banho de descarga chamado anti-fluído, quando essas ervas são misturadas com álcool e sal grosso. Este banho de descarga só pode ser usado do pescoço para baixo. Ainda assim as sobras das ervas do ano anterior são secas e misturadas com as gomas de defumação (mirra, incensa, benjoim, breu) mais aniz estrelado, alfazema e alecrim secos o que dá uma ótima defumação.
OBRIGAÇÕES DO MAR E DA CACHOEIRA
Dois outros importantes rituais que todos os terreiros de Almas e Angola realizam são as obrigações de cachoeira e do mar.
A obrigação da cachoeira é realizada num sábado ou domingo próximo ao dia 08 de Dezembro, dia consagrado a Oxum, quando o Pai de Santo se dirige com seus filhos àquele local onde são realizados oferendas e obrigações a todos os orixás em agradecimento por tudo o que receberam durante o ano e para pedir forças espirituais para o ano que vai entrar.
Nesse dia também são batizados os médiuns novos e é feita a confirmação dos neófitos que foram batizados durante a camarinha daquele ano.
Alguns terreiros estão preferindo realizar estes rituais de cachoeira no mês de Janeiro, como o nosso, por força das circunstâncias. Ocorre que devido ao grande número de terreiros que atualmente existem na região, os locais próprios para esta prática ficam congestionados. Soma-se a isso a vontade dos orixás desta casa que preferem a Festa da Oxum dentro do terreiro e a Festa de Oxóce na mata.
A obrigação do mar consiste numa sessão de orixá e exú na beira do mar, igualmente com a finalidade de buscar forças energéticas e agradecer as dádivas alcançadas durante o ano. Pedidos são feitos à Iemanjá, Rainha do Mar e colocados num barquinho de tamanho variado todo enfeitado com flores, velas, perfumes e tudo o que os orixás das águas gostam. Este barco é solto nas águas ao som dos atabaques acompanhados de fogos de artifício, palmas e grande emoção dos médiuns e assistentes.
O dia para se realizar esta obrigação é 31 de dezembro, à meia-noite, porém muitos terreiros já estão adotando outra data para tal. É o dia consagrado à Iemanjá, dois de fevereiro. Ambos são ritualisticamente aceitos.
ORIXÁS CULTUADOS
Oxalá
Ogum
Oxum
Xangô
Obaluaiê
Iemanjá
Iansã
Nanã
Oxossi
Ibeji
Exú
Fonte:http://www.saocosmeedamiao.com.br/